4 de mar. de 2010

Chile: angustia, coração e arte


Família Castilho em Itapecerica da Serra
Após o recente terremoto de 8,8 pontos na escala Richter que abalou a cidade de Concépcion, no Chile, famílias com dupla nacionalidade (Chile/Brasil) estão angustiadas no aguardo de notícias de familiares, que se encontram no centro do sismo que atingiu aquele país.


Famílias brasileiras de nacionalidade chilena estão sem notícias de seus parentes devido à falha nos veículos de telecomunicações do país. Para a família Castilho, residente em Itapecerica da Serra, vinda do Chile nos anos 80 devido à ditadura impetrada pelo governo Pinochet, esperar por notícias é uma constante tensão.

Ele indica não ter certeza se seus familiares estão bem no Chile e coloca que apesar de ser uma situação em que o país busca estar preparado para passar, ainda assim, ele não esperava tamanha devastação. “A província de Bio-Bio foi uma catástrofe. Acabou com toda a infra-estrutura da cidade como gás, telefone, água e luz. Terão que reconstruir toda a cidade. Acabou tudo”, lamenta.
A região de Chillán - Há 2h da - Cid. Concepción


O Sr. Carlos Castilho e a Sra. Viviana Galvez Munhoz tentam há todos os instantes conseguir através do telefone e da internet obter maior contato com parentes que residiam na região de Chillán, interior da província de Bio-Bio – a duas horas da cidade mais afetada, Concepción.
Ele indicou que somente no sábado, por acaso, conseguiu contato com um primo que lhe passou mais detalhes e deu dimensão do ocorrido.

Viviana comentou que apenas nesta terça-feira, 2, conseguiu falar com seu pai por telefone, na cidade de Santiago. Segundo ela seu pai estava fora de casa, o quinto andar de um prédio próximo ao centro. “Ele me disse que ao chegar ao prédio constatou que está tudo condenado. Apenas o deixaram retirar as roupas do imóvel e mandaram abandoná-lo, devido suas condições”, relata.

Castilho diz que se pudesse partiria imediatamente para o Chile em busca de ajudar a reconstrução da casa de sua família. “Eu fui criado no campo, em Chillán. A nossa casa de madeira caiu, mas ninguém se machucou graça a Deus. Ficamos sem casa, sem bodega (loja de variedades), sem nada praticamente, caiu tudo”, conta.

A família Castilho apesar de distante de sua terra natal ainda mantém tradições do país em um canto na sala. “Somos abençoados por termos duas pátrias, mas a cultura continua através da alimentação, da fala, dos costumes”, diz.
A província de Bio-Bio - 1h30 de Concepción
Com saudades eles relembram do Chile nas fotos de família. “Recentemente fui ao Chile e fiquei por oito meses lá. Mas não consigo mais me acostumar, estava lá pensando como estava por aqui, mas sempre tenho saudades”, comenta Carlos. Ao sair do Chile a família buscou por destino a Europa, mas não teve êxito em constituir raízes. 

Em visita ao Brasil, Castilho relembra que se apaixonou pela feira de Embu das Artes, o que foi determinante para a sua decisão em permanecer no país. ”Nos apaixonamos pela cidade que é maravilhosa enquanto arte. Compramos esta casa perto de Embu e já estamos há 30 anos”, diz. O casal têm três filhos, dois são nascidos no Brasil.

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