28 de mar. de 2010

Moda: espelho dos tempos

Por: Néia Musiart - 
 
Moda é um veículo de comunicação, um registro sensível de cultura, política, sociedade, enfim, acontecimentos da época na qual ocorre. Esse fenômeno chamado moda, de tão complexa definição, não se refere apenas ao que “está na moda”, tampouco diz respeito somente a roupas, sapatos e acessórios de cada estação. 

É um reflexo de todo um universo envolvendo valores tangíveis (material que nos rodeia) e intangíveis (estilo de vida, sentimentos). Ela representa mudança e se expressa mais claramente na vestimenta.

O conceito de moda apareceu no final da Idade Média (séc. XV) e princípio da Renascença, na corte de Borgonha (atualmente parte da França), com o desenvolvimento das cidades e a organização da vida das cortes. Enriquecidos pelo comercio, os burgueses passam a copiar a roupa dos nobres, que por sua vez, na tentativa de diferenciar-se, criavam algo novo

A moda acompanha as mesmas tendências estéticas que as artes desse tempo, principalmente a arquitetura e a pintura. Demostrando essa profunda relação, as extravagâncias da arquitetura barroca se reflete também na vestimenta rebuscada e exagerada.

Aos poucos a velocidade nas mudanças dos vestuários foi aumentando e aparecem necessidades mais complexas de distinção, como a de afirmação pessoal, do indivíduo como membro de um grupo e a expressão de idéias e sentimentos. Mas a moda como um sonho de consumo vem com a Haute Couture (alta-costura). Sua origem se deu em Paris em 1858.

O inglês Charles Worth abre sua própria Maison (loja) onde criava roupas para novos ricos e pequenos burgueses. Worth conquista a preferência da Imperatriz Eugênia, mulher de Napoleão III, e é promovido a estilista imperial. Tinha agora um status de criador supremo, diferente das costureiras e alfaiates da época. 

Ele foi o primeiro a criar peças diferentes para verão e inverno, com novidades a cada estação e também a usar manequins vivos para seus desfiles, incluindo sua esposa. Seu trabalho é bastante privilegiado com a invenção da máquina de costura (década de 1840). Wort fez nascer também o desejo de compra, um dos principais propósitos da moda que se estende até nossos dias. 

Veja também:
A moda e suas transformações

25 de mar. de 2010

Alckmin visita obras da Etec de Embu das Artes

Provável candidato ao governo do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) visitou na última segunda-feira (22), as obras da futura instalação da Escola Técnica do Centro Paula Souza (Etec), de Embu das Artes. 

Etec do Embu terá capacidade para mais de mil alunos

Acompanhado pela deputada estadual Analice Fernandes (PSDB) e pelo prefeito Chico Brito (PT), Alckmin disse que aulas na Etec do Embu devem começar dentro de 60 dias. “Estamos com 86% das obras prontas. As aulas já devem começar no segundo semestre deste ano”, afirmou o secretário de Desenvolvimento de São Paulo. 

A escola deve oferecer inicialmente três cursos: secretariado, logística e informática. Segundo o ex-governador, novos cursos serão oferecidos a partir de 2011. “A previsão é que mais quatro cursos - contabilidade, eletrotécnica, meio-ambiente e rede de computadores - comecem já no primeiro semestre”. 

Público lotou a sede da Etec para ver o ex-governador















O local terá capacidade para receber 1.680 alunos e será uma das maiores Etecs do Estado. O valor total do investimento é de mais de R$ 4 milhões, com recursos do Governo do Estado e do Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (Fumefi)

O secretário avalia que os cursos serão ministrados em um momento estratégico para a região, em função da inauguração do Trecho Sul do Rodoanel. “Essa é sem dúvida a melhor esquina do Brasil, não há esquina mais importante ou com melhor logística do que aqui”, declarou Geraldo Alckmin fazendo referência à localização da Etec de Embu das Artes

Alckmin explicando as etapas do projeto Etec - Embu
Ouça sua Entrevista:


Em clima de campanha, Alckmin demonstrou muita paciência e atenção com os populares que tentavam obter um contato físico maior. Ao ser questionado sobre uma provável candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador se esquivou e disse que prefere aguardar a decisão do partido. 

Veja também

Etapas do projeto  - Clique Aqui

Histórico: Etecs na região - Clique Aqui

20 de mar. de 2010

Escola de canto “Cantares a Meu Povo” lamenta por falta de interessados

O grupo “Cantares a meu povo” formado 2004 está carente de público. A escola livre de canto e linguagem musical do município de Embu das Artes ministrada atualmente pelo professor, Teco Galati, busca alunos e participantes que queiram aprender mais sobre estrutura musical e percepção.
Grupo "Cantares a meu Povo" está buscando alunos

Sobre a falta de participantes Teco coloca que o fator preponderante é a falta de divulgação, o que prejudica a rotatividade do grupo. “Normalmente coral é assim. Muita gente não vem ao coral por que não tem dinheiro para pegar um ônibus, ou por falta de tempo. Precisamos ter um número maior de pessoas sendo avisadas da existência desta atividade, para que possamos dar conta dessa reciclagem que é natural”, comenta.


Ele indica que a estrutura atual das aulas alia a técnica vocal a uma linguagem e percepção musical mais apurada. “Se uma pessoa sabe tocar violão, quer dizer, tem técnica, sabe achar com os dedos qualquer nota musical que lhe venha na cabeça, ela está apta a tocar qualquer música? Não! Ela precisa ter música na cabeça senão os dedos não saberão o que fazer. A teoria em si não resolve nada. Teoria musical não é música, é apenas a regra”, conclui.












Segundo suas palavras uma das condições para que ocorresse a mudança foi a percepção de que o projeto “Cantares a meu povo” é essencial a cidade e deveria promover não apenas um “passatempo”, mas um estudo aprofundado de canto, que combinasse às apresentações em grupo à evolução pessoal de cada participante.

As aulas de canto são ministradas na Biblioteca Moacir Jordão, no centro de Embu das Artes. O curso acontece todas as quartas-feiras, as 18h30 para iniciantes e as 19h30 para os demais. A participação é gratuita. Além do ótimo repertório musical elaborado pelo professor Teco Galati, o participante ganhará uma vasta bagagem cultural e histórica.




  Por: Alexandre Oliveira
Serviço:

Cantares a meu povo - Aulas de canto e linguagem Musical 

Local: Biblioteca Moacir Jordão 

Todas as quartas-feiras, às 18h30

Dia do artesão celebra os pioneiros de Embu e revela estigmas da profissão


O Centro Cultural Mestre Assis de Embu celebrou o Dia do Artesão. Na última sexta-feira, 19, o espaço dedicado a exposição de artes e eventos culturais (Centro Cultural Mestre Assis de Embu) recebeu uma programação voltada aos que são tidos como pilares da arte na cidade. 

Foram realizados dois seminários nos quais a prefeitura de Embu, por meio da Secretaria de Cultura, discutiu temas ligados a valorização do ofício. A proposta foi debater as perspectivas para o setor com a futura Copa do Mundo sediada no Brasil e o reencantamento pelo processo criativo do artesanato na cidade.
Foto divulgação - Dia do Artesão

A programação teve seu início às 8h, indicando o primeiro painel: “O fazer artesanal como identificador da cultura local e como gerador de trabalho e renda”, com a participação da artesã Tônia do Embu, coordenadora do Memorial Sakai, Aparecido Valdevino de Souza, presidente da Casa do Artesão, Renan Carlos Ribeiro de Novais, Ouvidor da Superintendência de Apoio ao Trabalho Artesanal nas Comunidades e Wander Mazzotti, da Mega Artesanal. 

Às 14h foi disposto o segundo painel: “A relação do turismo e do artesanato na perspectiva de 2014”, com Paulo Giannini, representando o prefeito Chico Brito, Gabrielli Nunes de Andrade, da Coordenação Geral de Produção Associada ao Turismo, do Ministério do Turismo e Ronaldo Aparecido da Silva, secretário de Turismo de Embu das Artes. 

O reencantamento pela arte 

Embu das Artes é marcada pelos traços barrocos e contemporâneos de seus artesãos. A cidade que completou recentemente 51 anos de emancipação político administrativa tem como fundamental seu aspecto turístico, que recai aos ombros daqueles que um dia adotaram a cidade como seu universo de inspiração. 

Mestre Assis (1931-2006), Solano Trindade (1908-1974) e tantos outros como o nosso contemporâneo, o artesão Mario Ramos, buscam por meio de seu ofício um meio de vida proporcionando a cidade, além de belas obras, o estigma que a ela recai sobre olhares externos. 

Para o artesão Mario Ramos a falta de “encanto”, sobre o ofício que dedicou 34 anos de sua vida, é um dos debates que cercam a Praça de Embu. Ele conta sobre os percalços, que os artistas que estruturam a cidade com o viés turístico passam, e indica que a falta de maior apreço pelos trabalhos expostos é um dos motivos para o “desencanto”. 

O artesão Mario Ramos e sua obra
Segundo ele os artistas anteriormente não se preocupavam com o fator tempo ou com a especulação sobre o seu trabalho. “Quando falamos em reencantamento é porque o artista já pensa no valor da obra antes mesmo de sua conclusão, e como irá vendê-la”, diz. 

Os artesãos reclamam que com a massificação de produtos industrializados o artesão se vê na necessidade de se adequar ao panorama geral, e são cobrados pra isso. “Hoje as coisas se inverteram. Não é mais você quem dá o valor. Geralmente é a pessoa que está procurando que diz o valor que paga. A negociação parte dessa maneira”, coloca o artista. 

Por: Alexandre Oliveira 

13 de mar. de 2010

SEAE denuncia assoreamento e suspeita de crime ambiental em Embu

A Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) foi acionada recentemente por moradores devido aos assoreamentos causados em decorrência as obras do Rodoanel na região. Em entrevista a CBN na última sexta-feira, dia 5, o presidente da instituição ambiental, Leandro David Dolenc, disse estar apreensivo ao descaso das autoridades com o Assunto.
Uma das regioões afetadas por manejo de terras - Jd Magali
Em conversa com o âncora da Rádio CBN, Heródoto Barbeiro, o presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu colocou que através de denuncias por parte de munícipes eles puderam acionar veículos de comunicação para mobilizarem as entidades civis e o Governo Municipal.

Para Dolenc o manejo das terras sem as devidas precauções está determinando os atuais casos de enchentes na cidade. Segundo o que ele informou ao jornalista da CBN, a cidade vem sofrendo com com a quantidade de caminhões que transportam terra para dentro do município. “Existem moradores reclamando muito de que quando chove tem áreas na cidade que ficam intransitáveis”, denuncia.
Muito barro e poeira - Aterro dificulta a vida dos moradores
Ele indica que há mananciais sendo prejudicadas devido às movimentações de terra e a criação de aterros na cidade. “Com o aterramento você encobre vários olhos d’ água e pequenos ribeirões , que muitas vezes nem constam nos mapas da Defesa Estadual do Meio Ambiente. Você perde muitos recursos hídricos com isso”, alertou.

Dolenc deixou claro na entrevista que os governos atuais do Estado e do município de Embu estão deixando a desejar nesse aspecto. “O que acontece é que existe muito empurra, empurra, entre Estado e Município. Mas na verdade o Estado não tem uma proteção ambiental adequada para a região e o município emitiu muitos alvarás para que esses aterros pudessem ocorrer”, coloca.

Agressão ao meio ambiente

Uma das regiões mais afetadas é o bairro do Jd. Magali, periferia de Embu. Um aterro de grandes proporções vem atormentando a vida dos embuenses daquela região, há mais de nove meses.

Segundo moradores os constantes caminhões transportadores de terra estão destruindo as vias locais e tornando insuportável sua moradia. Para um dos moradores que não quis ser identificado, o constante trânsito dos veículos de carga torna a rua, em sua grande parte de terra, um caos. “Esta situação está insuportável. Quando chove é lama e quando está calor é a poeira, sem falar na fila de caminhões que normalmente acontece em frente a minha casa”, reclama.

Segundo os moradores tempos atrás havia uma placa indicando o alvará da obra. A mesma já foi arrancada. Informações por parte dos trabalhadores no aterro, indicam que a obra não tem data certa para acabar.


Ouça a entrevista da rádio CBN
Link áudio

Veja mais fotos

Aterro devastou o local - Terreno particular















Cosntante trâsito de caminhoes no local

A obra persiste a mais de nove meses - População que sofre

 

Prefeitura de Embu - Notícias

Parque Francisco Rizzo

Estância turística de Embu das Artes


Telefones úteis

  • Pronto-Socorro: (11) 4785-0155
  • Guarda Civil: (153)
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  • Bombeiros: (11) 4667-7890
O Embuense