20 de mar. de 2010

Dia do artesão celebra os pioneiros de Embu e revela estigmas da profissão


O Centro Cultural Mestre Assis de Embu celebrou o Dia do Artesão. Na última sexta-feira, 19, o espaço dedicado a exposição de artes e eventos culturais (Centro Cultural Mestre Assis de Embu) recebeu uma programação voltada aos que são tidos como pilares da arte na cidade. 

Foram realizados dois seminários nos quais a prefeitura de Embu, por meio da Secretaria de Cultura, discutiu temas ligados a valorização do ofício. A proposta foi debater as perspectivas para o setor com a futura Copa do Mundo sediada no Brasil e o reencantamento pelo processo criativo do artesanato na cidade.
Foto divulgação - Dia do Artesão

A programação teve seu início às 8h, indicando o primeiro painel: “O fazer artesanal como identificador da cultura local e como gerador de trabalho e renda”, com a participação da artesã Tônia do Embu, coordenadora do Memorial Sakai, Aparecido Valdevino de Souza, presidente da Casa do Artesão, Renan Carlos Ribeiro de Novais, Ouvidor da Superintendência de Apoio ao Trabalho Artesanal nas Comunidades e Wander Mazzotti, da Mega Artesanal. 

Às 14h foi disposto o segundo painel: “A relação do turismo e do artesanato na perspectiva de 2014”, com Paulo Giannini, representando o prefeito Chico Brito, Gabrielli Nunes de Andrade, da Coordenação Geral de Produção Associada ao Turismo, do Ministério do Turismo e Ronaldo Aparecido da Silva, secretário de Turismo de Embu das Artes. 

O reencantamento pela arte 

Embu das Artes é marcada pelos traços barrocos e contemporâneos de seus artesãos. A cidade que completou recentemente 51 anos de emancipação político administrativa tem como fundamental seu aspecto turístico, que recai aos ombros daqueles que um dia adotaram a cidade como seu universo de inspiração. 

Mestre Assis (1931-2006), Solano Trindade (1908-1974) e tantos outros como o nosso contemporâneo, o artesão Mario Ramos, buscam por meio de seu ofício um meio de vida proporcionando a cidade, além de belas obras, o estigma que a ela recai sobre olhares externos. 

Para o artesão Mario Ramos a falta de “encanto”, sobre o ofício que dedicou 34 anos de sua vida, é um dos debates que cercam a Praça de Embu. Ele conta sobre os percalços, que os artistas que estruturam a cidade com o viés turístico passam, e indica que a falta de maior apreço pelos trabalhos expostos é um dos motivos para o “desencanto”. 

O artesão Mario Ramos e sua obra
Segundo ele os artistas anteriormente não se preocupavam com o fator tempo ou com a especulação sobre o seu trabalho. “Quando falamos em reencantamento é porque o artista já pensa no valor da obra antes mesmo de sua conclusão, e como irá vendê-la”, diz. 

Os artesãos reclamam que com a massificação de produtos industrializados o artesão se vê na necessidade de se adequar ao panorama geral, e são cobrados pra isso. “Hoje as coisas se inverteram. Não é mais você quem dá o valor. Geralmente é a pessoa que está procurando que diz o valor que paga. A negociação parte dessa maneira”, coloca o artista. 

Por: Alexandre Oliveira 

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