3 de ago. de 2008

O Sonho Eldorado

Em tempos de eleições municipais começam a surgir esperanças de mudança ao contexto atual. Pessoas da própria comunidade surgem com propostas novas e convicções que algo poderá mudar. Utopia, ou ignorância? 

O que se presenciou nesta noite, dois de agosto de 2008, embora muita força de vontade, é algo inerente a nossa realidade. Pessoas sem capacidade ou, simplesmente por terem certo "status" diante a sua região e alianças “influentes”, se permitem alçar a um posto de comando, o qual nem se quer devem ter ciência de sua real importância.
A indignação à nossa realidade é geral, mas, infelizmente, não nos permite deixar de lado fatores como capacidade de legislar e administrar ou, até mesmo, fiscalizar ações públicas. O que se observou a esse comício, se assim podemos dizer, foi a certeza que tudo permanecerá sem alteração.
 
Um cargo

Dona Maria [nome fictício] estava atenta em todo o comício. Seu filho com problemas de saúde não consegue emprego. A eleição vem a calhar como uma oportunidade de barganhar uma solução para um problema que é geral: Pessoas com problemas de saúde não conseguem trabalho. Esse prólogo é comum em nosso sistema. 

Contudo, de quem é a culpa? Não do filho, mas sim da conjuntura atual que permite pessoas “semi-analfabetas”, ou sem capacidade de administração pública, se elegerem representando à maioria em cargos públicos administrativo.

Discurso

No discurso se ressalva a vontade política de mudança. É latente o aspecto observado nas falas sem convicção ou desconhecimento sobre o que estão propondo. Propostas por uma sociedade mais justa  igualitária, acariciam ouvidos e aguçam esperanças por novos ares. Políticos e seu 'Polítiques'. 

Quem presenciou o evento e não se contagiou ao ópio político notou que no geral às promessas, o discurso, o falatório, são remanescentes ao que já está instalado na administração do Embu. Ex Vice-Prefeito, Terassi, disse ter renunciado a seu cargo devido “traição”. 

O que fica de suspeita é se o mesmo não renunciou, visto que o descontentamento pela administração atual é tamanha, para se lançar ao cargo de prefeito e assim se imbuir do discurso de rompimento devido a tais circunstâncias.

Campanha

Anivaldo, candidato à vereador da câmara de Embu pelo partido PSOL é um homem que ilustra o conceito de batalhador em meio a selva de contradições e descaso social atuante. Administrador da Casa de Cultura do bairro Santa Teresa veio da Paraíba e começou sua trajetória na casa de recuperação FEBEM, como agente educador. 

Ele é conhecido por seu projeto na Casa de Cultura.  Sua batalha é conhecida e alvo de criticas por opositores, agora políticos. Em lançamento de sua campanha, muitos foram os que se manifestaram a seu favor. Ilustre presença, Plínio de Arruda, esteve em seu comicio. Sua locução denotou  a clareza de um senhor maduro e cansado do contexto vicioso à promessas descabidas e eleitoreiras.

Candidatura "paisagem"

A escolha do educador e administrador da Casa de cultura de Santa Teresa está mais para uma forma de candidatura pano de fundo (Pinóquio) à interesses alheios aos seus,  a uma efetiva participação de sua pessoa na conjuntura política do município de Embu. 

Anivaldo, homem simples, por mais que sua idoneidade seja comprovada, não inspira o que se é necessário a uma candidatura política. Más, onde taxista, padeiro, pastora, semi-analfabeto... etc, entraram, porque não permitir um homem com boas e reais intenções de mudança.  Uma coisa é certa, ele será mais cobrado por sua imagem política já constituída antes do cargo,do que esses ‘avatares’ mencionados.

Triste realidade

No trajeto de ida ao comicio fica clara a dificuldade que ele e qualquer outro que aspire uma candidatura na cidade de Embu irá enfrentar. O populismo desacerbado e incontrolável gera o caos vivido nas ruas de um dos bairros mais populoso e pobre do Brasil. 

A sujeira, praxe do local, o transito caótico, a falta de segurança, o ar carregado, envolvem e caracterizam a situação do país e o nível de seus habitantes. A contra-cultura é apenas uma reação a ação de pessoas oportunistas as quais se aproveitam  da hierarquia admistrativa para sua ascensão social e financeira. 

Nesse ponto, o povo iletrado torna-se alvo, ou refém de si próprio onde, por falta de conhecimento, alimentam essa conjectura em situações como a vivida pela mãe daquele garoto sem emprego, por sua disfunção de saúde. É triste e não há propensão de um sonho Eldorado. Não esperemos que aqui se torne uma China, onde o Estado ditatorial transforme o sonho do socialismo em um pano de fundo para suas ações austeras e de cerceamento à livre convivência e expressão.


Por: A. Oliveira

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