17 de jun. de 2008

Artigo: NEO-TEVÊ


A Neo-Televisão coloca-se com uma característica determinante. Sua capacidade de reunir elementos e os adaptar em diversas frente, sendo eles personagens ou programas, torna-à uma televisão que, a cada dia, fala mais de si própria. Ou seja, em sua espetacularização, coloca-se como seu maior publicitário. A Neo-Tevê, portanto, fala menos do mundo exterior.

Com esse novo contexto, a televisão torna-se mais dicotômica em relação à ficção e a realidade. Não há a separação latente entre o que é o real, e o que é o fictício. Já se supõe que, onde a Tevê esteja, aquilo que por tal seria real, deixa de ser e passa a ser mais um espetáculo, onde os personagens (reais) tornam-se protagonistas adotando certa postura diante das câmaras, diferente do que, preposto sem ela, seria.

A tevê passa a ter um estereótipo, não de canal ‘veiculativo’ à realidade, mas de um canal produtor dela. Em sua programação, o real e o ficcional atuam em conjunto, deixando o espectador à sua própria apuração do que, de fato, é real e fictício.



Na Neo-Tevê, os programas de ficção utilizam verdades parabólicas, ou seja, fatos e personagens reais para 'sublimar' e elevar a audiência de suas tramas. Nesse sentido, uma novela, por exemplo, ao se utilizar de uma pessoa real, ou seja, uma pessoa que no atributo de sua existência, exerceria seu papel normalmente, ao ser transportado para sua trama fictícia, joga para o público, o fardo de ter que discernir e separar essa dicotomia.


Nesse ponto, as pessoas perdem o sentido do que é real ou fictício confundindo, por exemplo, o ator com seu personagem e vice-versa.



Outro ponto relevante para se tratar é sobre a ética neste meio de comunicação. A tevê sofre com essa questão, por ter que espetacularizar todos os assuntos abordados em detrimento de sua audiência. Incorre que, nesse ponto, o fator responsabilidade per passa por dois sentidos. Quando um locutor, olhando diretamente para a câmara, informando algo, o mesmo representa a si próprio, ou seja, ele somente se utiliza do canal para vincular uma informação. 

Já em outro ponto, quando ocorre uma ‘cena’ em que, os seus agentes não olham para a câmara, o canal televisivo é que responde pela veiculação do fato. Obviamente, há o entrelaçamento dessas características, distorcendo o sentido real do que é midiatizado pela tevê, incorrendo na incompreensão por parte de telespectador.

A Neo-Tevê quebra o que a Paleontevê outrora não se concebia. Em relação ao vocabulário e ao que se é transmitido, à Neo-Tevê utiliza-se do ‘masoquismo’ de cada telespectador para aproximar sua programação ao 'cotidiano' de cada indivíduo. 

Palavrões e cenas de sexo obtém maiores espaços. A Neo-Tevê procura colocar-se como apenas um atrativo, mas torna-se parte do cotidiano em relação a seu público.


Sobre a Neo Tevê, podemos colocar que a mesma é um escape sobre as impossibilidades humanas que, no seu mundo, as tornamos possíveis, realçando nossos sonhos utópicos. Para o sistema capitalista, essa estrutura atual é como uma ponta de lança que, invade nossas estruturas intelectuais e nos molda ao julgo de suas conexões e seus sistemas.


Bibliografia
ECO, Umberto. Tevê: A transparência perdida

►Por A. Oliveira
 

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